quinta-feira, 4 de março de 2010

Retrospectiva Fevereiro / 2010

Segue o acompanhamento da nossa versão adptada do portfolio permanente.

O portfolio é composto por (target):

- 30% renda fixa: LFT 07/03/2012
- 30% Ações: BOVA11
- 30% Fundos imobiliários: uma carteira com 7 FII (EURO11, FFCI11, FPAB11, FLMA11, FMOF11, HCRI11B, PABY11)
- 10% Ouro

Estamos acompanhando um portfolio ficticio cujo valor inicial em 01/01/2010 era de R$ 100.000,00. Não consideramos as corretagens iniciais para montar o portfolio, mas a partir de agora em qualquer transação vamos registrar o preço da corretagem. Não vou considerar emolumentos para efeito de simplificação. Vou considerar como valor de corretagem os valores da corretora Spinelli (R$ 16,90 no mercado a vista e R$ 5,90 no fracionário; taxa de custódia zero; taxa do tesouro direto zero), que é a que eu uso. Existem mais caras e mais baratas, mas a Spinelli tem um preço bem razoável, principalmente no fracionário, além da taxa zero no TD. Também vou sempre descontar o IR. Por que isto é importante??? Primeiro por que estas taxas  incidem no mundo real, e se não considerarmos estes custos vamos estar propensos a fazer muitas operações e realocações, quando na verdade estas taxas comem uma boa parte do lucro das operações e punem os portfolios com alto turnover.


Atenção,
No post anterior da retrospectiva de janeiro houve um erro na rentabilidade do BOVA11 em janeiro que no post original saiu com -5,26%, mas que na verdade foi de -4,7%.
Corrigi o post anterior colocando as rentabilidades corretas, o que aumentou discretamente o rendimento do mês de janeiro. Assim, no fim do mês de janeiro nosso portfolio tinha:

- RF:       30.180,00
- Ações:  28.590,00
- FII:       30.936,00 + 208,51 disponíveis na conta da corretora
- Ouro:   10.645,00     
        
Total:   R$ 100.559,51



Vamos ao rendimento de fevereiro e anual:

- LFT: 0,63% / 1,23%
- BOVA11: 1,66% / - 3,11%
- FII: -2,32% + 454,68 de rendimentos / 0,72% de valorização anual + 2,21% de rendimentos - total de 2,93%
- Ouro: -1,19% / 5,18%

Assim no fim de fevereiro tinhamos (valores brutos e percentual):
- RF: 30.370,13 (30,11%)
- Ações: 29.064,59 (28,82%)
- FII: 30.218,28 (29,96%)
- Ouro: 10518,32 (10,43%)
- Caixa: 663,19 (0,65%)

Total: R$ 100.834,51

Rendimento do portfolio no mês: 275,00 (0,27%)
Rendimento do portfolio no ano: 834,51 (0,834%)

Como vimos o melhor investimento neste ano tem sido o ouro seguido pelos fundos imobiliários. Depois a renda fixa e o pior resultado tem sido da bolsa. O nosso portfolio balanceado tem tido um rendimento intermediário, abaixo do CDI e bem melhor que a bolsa.

Acredito que os valores disponíveis são baixos para se reinvestir ou rebalancear. Se fossemos investir o dinheiro em caixa a corretagem corresponderia a praticamente 1%. O portfolio ainda está bem próximo dos alvos planejados.

4 comentários:

  1. Investimentos e Finanças,

    Tenho acompanhado seu blog e gosto muito de seu conteúdo. Em relação aos títulos do Tesouro Direto, vc poderia explicar a preferência pela LFT ao invés de NTN-B e LTN no portfólio fictício? É apenas pela expectativa de alta da SELIC ou há outros motivos? Abs,

    WM

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  2. WM,

    Obrigado e continue nos acompanhando.

    Por que só LFT no renda fixa?
    Basicamente por que a idéia do portfolio permanente é que cada classe de ativos se comporte de uma determinada maneira; e a renda fixa deve performar bem em um cenário recessivo em que há alta dos juros. Em um cenário de alta muito forte dos juros a LTN ou a NTN-B (que tem um componente pre-fixado) vai desvalorizar. Então neste caso teríamos a bolsa se desvalorizando junto com os FII e tambem a renda fixa pre-fixada. Já no caso da LFT ela vai valorizar com a alta da selic, compensando ou pelo menos não caindo junto com o resto do portfolio.

    E se a selic cair? Se a selic cair a LFT não vai se beneficiar como as LTNs e NTN-Bs mas ai vai haver uma boa valorização da bolsa e dos FII.
    Lembre-se que os FII se comportam como um titulo pre-fixado, então em um cenário de queda de juros já temos uma boa parte do portfolio que vai se beneficiar.
    Como não se sabe para onde vai a selic precisamos ter no portfolio um ativo que se beneficie da alta dos juros e este ativo é a LFT (ou um fundo DI, ou um CDB-DI).

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  3. Muito legal esse portfólio, Investimentos! :D


    Taí mais uma prova de que uma diversificação sadia e qualificada é essencial para garantir bons retornos na média.


    É isso aí!
    Um grande abraço, e que Deus os abençoe!

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