quinta-feira, 31 de março de 2011

Abrindo o Jogo

E aí pessoal tudo bem?

Após pensar bem resolvi abrir o jogo e divulgar os valores reais (gostou Hotmar?) da minha carteira. A princípio sempre achei que acrescentava pouco a discussão, pois tirava o foco da estratégia e focava mais nos números. Contudo, refletindo melhor, achei que poderia ter alguns beneficios. Os principais motivos foram:

- Primeiro uma homenagem aos leitores do blog e aos vários colegas blogueiros que já divulgam a sua carteira como o Viver de Renda (putz, queria ganhar também uns 250K..haha), o Vida boa Investimentos (será que ainda tá vivo?), o Investir aos 40, o Heavy Metal (primeiro blogueiro milionário...queria ganhar metade do que o cara ganha..) e Investindo Futuro; espero não ter esquecido ninguem. Fica também o estimulo pro resto do pessoal também abrir o jogo.

- Segundo por que aparentemente existe uma maior identificação das pessoas com os valores absolutos do que com percentagens, tanto em nível de entendimento como em nível emocional. Experiência pessoal, quando falo pra minha esposa quantos por cento minha carteira rendeu ela nem da bola; mas se eu falar quanto rendeu em valores absolutos ela fica muito mais interessada.

- Terceiro e o principal motivo é que o tamanho da carteira influencia diretamente o modo como investimos, tanto influenciando na alocação, quanto na diversificação, estratégias, entre outras coisas. Investir R$ 10.000 reais é uma coisa; investir um milhão é algo bem diferente, que envolve estratégias totalmente diferentes. E com o eventual aumento da carteira é necessário muitas vezes mudar a estratégia, então sem divulgar valores as eventuais mudanças de estratégia não serão plenamente entendidas.

Bem, por hoje é só. Os valores mesmo voces verão só no próximo post em que trarei os resultados do mês de Março.

Abs

quinta-feira, 24 de março de 2011

Venda das Imobiliárias

Este foi para mim um mês de parar e analisar melhor a alocação da minha carteira e as correlações entre as diferentes classes de ativos e com isto tentar ajustar a carteira da melhor forma.  Uma das conclusões que cheguei foi justamente o que publiquei no último post, que como a minha carteira já tinha um percentual alto de hard assets (FIIs) que manter uma posição em ouro acrescentava pouco a proteção da carteira. Ao continuar a análise percebi também que, tendo um terço da carteira investido em imóveis (FIIs), já tinha uma boa exposição ao mercado imobiliário e que investir também em ações do setor imobiliário seria concentrar muito em um mesmo setor. Então optei por vender as ações que tinha relacionadas ao setor imobiliário (Cyrela, Gafisa e PDG).


Venda de CYRE3 a R$ 14,94;
Venda da GFSA3 a R$ 10,39;
Venda da PDGR3 a R$ 9,20

Prejuízo total de 6,1%.

Reapliquei o dinheiro em ações da Eletropaulo (ELPL4) que esta barata e vai distribuir um bom dividendo. Com isto a carteira ficou um pouco mais concentrada, com 17 ações. Deverei nos próximos meses analisar algumas outras ações, especialmente small caps para compor a carteira.

Compra ELPL4 à R$ 34,58

Além disto na semana passada vendi também algumas poucas cotas do FMOF11 a R$ 115,00, com lucro de 8% e comprei mais cotas do FEXC11B.

A carteira mantem a alocação de 33% na bolsa, 33% na renda fixa e 33% em imóveis.

Abs

sexta-feira, 11 de março de 2011

Mudanças no portfolio: Venda do Ouro

Acredito que é muito importante em um portfolio ter uma parte alocada em ativos reais (hard assets) como ouro, imoveis, jóias, commodities, entre outros. No portfolio permanente o papel do ouro seria de proteger o portfolio em períodos de forte inflação. Contudo os imóveis também tendem a se apreciar em perídos de inflação, mantendo o seu valor. Além disto as ações também tem um hedge parcial contra a inflação. Então o papel do ouro como hedge inflacionário talvez não seja tão necessário. Estive lendo vários artigos sobre o papel do Ouro e de Imoveis em um portfolio de longo prazo; e a conclusão que cheguei é que existe pouco beneficio adicional de se investir em ouro em um portfolio que tenha um grande percentual em imóveis (como o meu). Acredito que o ouro possa ter um papel importante em portfolios sem imóveis.

A principal desvantagem do ouro em relação aos imóveis é que os imóveis geram uma renda mensal na forma de aluguel, que no caso dos FII é isento de imposto de renda enquanto que os ganhos com ouro dependem exclusivamente da valorização e ganhos de capital. Além disto o investimento em ouro é muito mais "caro" devido ao enorme spread de compra/venda (ágio e deságio) na negociação do ouro. 

Optei então pela venda de todo o ouro do meu portfolio e manter apenas os imóveis (FII) como hard assets. Para verem como o deságio é grande o ouro hoje é vendido a R$ 74,00/g e é comprado a R$ 81,00/g. Vendi então a R$ 74,00; o meu preço médio de compra tinha sido R$ 62,75, o que representa um lucro de 17,9%; isto em um período de 2 anos; ou seja o rendimento ficou um pouco abaixo da renda fixa.

Resolvi então realocar o dinheiro entre as outras classes de ativos (Renda fixa, ações e Fundos Imobiliarios) em proporções iguais. Assim meu portfolio vai ter a partir de agora 33,33% de cada uma destas classes de ativos.

Operações:

- Apliquei um terço na renda fixa: fundo DI
- FII: Compra do FEXC11B a R$ 111,00 e do BCFF11B a R$ 107,1
- Ações: Reforcei algumas posições: compra da VALE5 a R$ 46,55; BBAS3 a R$ 28,1 e BVMF3 a R$ 11,06
- Restou ainda um pouco de dinheiro em caixa que ainda não decidi o que fazer.

Estas mudanças devem simplificar um pouco mais o portfolio; aumentar a renda mensal gerada pelo portfolio e diminuir a volatilidade (uma vez que o ouro é muito volátil). Existe contudo um pequeno aumento no risco global do portfolio, que acredito ser plenamente aceitável. 

Abs

quinta-feira, 10 de março de 2011

Dados Fundamentalistas da Carteira de Ações




Esta tabela foi feita pelo Ricardo do excelente blog "Eu To na Bolsa" e foi gentilmente cedida por ele. Ao Ricardo o meu Muito Obrigado!

Abs

terça-feira, 1 de março de 2011

Performance Fevereiro/2011

Em vista da atual conjuntura brasileira, com juros mais altos e projeção de crescimento menor da economia estive revendo o portfolio de ações e decidi fazer alguns ajustes. Isto impacta os modelos de precificação de ações de 2 formas: por um lado a taxa de desconto deve ser maior pelo aumento da taxa de juros; por outro lado o crescimento esperado da empresa muitas vezes deve também ser reduzido. Ontem fiz várias operações no portfolio mas achei melhor já publicar tudo junto hoje. Irei detalhar durante o texto.

O portfolio IF vem mantendo uma alocação próxima do target (30/30/30/10). Esta era a alocação no fim do mês:

Agora analisando o rendimento por classe de ativos e global:




Vejamos também o rendimento nos últimos meses, desde que este portfolio atual foi montado:




Ações

O rendimento da carteira de ações foi de 2,18%, novamente acima do Ibovespa no mês.

Operações realizadas ontem:

- Venda da CCRO3 por R$ 46,95 com lucro de 25,91%; motivo: a ação é excelente mas me parece estar muito cara; com P/L de 31,8;  P/VPA de 7,71 e PSR 5,76

- Venda da DASA3 por R$ 19,80 com lucro de 32,35%; motivos semelhantes ao da CCR; empresa muito boa mas cara (P/L 34; P/VPA 6,8; PSR 3,13)


- Venda da CNFB4 a R$ 5,06, com prejuízo de 17,54%; motivo: Último balanço veio muito ruim, com queda importante dos lucros; futuro meio nebuloso

Com isto e com as demais operações que já tinham sido realizadas terminei o mês com um portfolio de 20 ações:


Fundos Imobiliários (FII)

Recebi de rendimentos o equivalente a 0,66%; contudo o rendimento dos FIIs ficou novamente negativo este mês pela desvalorização do FMOF11. Paciência. Avaliando desde junho/2010 os FII ainda são a classe mais lucrativa, com rendimento de 26,14% no período.

Ontem também fiz um compra: Compra do Fundo Imobiliário Excellence (FEXC11B) a R$ 113,00 - um fundo imobiliário administrado pela Ourinvest que investe em letras hipotecárias, Letras de crédito imobiliário (LCI) e Certificados de recebíveis imobiliários (CRI).


Com isto a alocação ficou assim:



Portfolio

O Ouro rendeu bem este mês, apesar de minha posição em ouro ser pequena no portfolio; e o portfolio como um todo teve um bom rendimento, acima da renda fixa no mês. No ano o rendimento do portfolio ainda está negativo, -0,19% no ano.

Perspectivas

As perspectivas atuais no curto prazo são de aumento da taxa de juros na proxima reunião do copom, devido a presão inflacionária. A crise no oriente vem levando a um aumento do preço do petroleo, o que pressiona a economia global.

Abs